Erro em alvará causa soltura equivocada de preso em Colatina

Na tarde da última terça-feira (8), um erro na interpretação de um alvará de soltura resultou na liberação equivocada de um preso na Casa de Detenção Provisória de Colatina (CDPCOL). O diretor da unidade, Adjalma Coffler, registrou oficialmente a falha na Delegacia de Polícia Civil de Colatina, detalhando o ocorrido e seus desdobramentos. Por volta das 17h, o chefe de segurança da unidade recebeu um alvará e, interpretando-o de forma equivocada, liberou o interno José Pereira da Silva, quando, na realidade, o documento referia-se a José Pereira da Silva Júnior. A confusão só foi identificada por volta das 21h, quando o advogado do detento solto, Dr. José Roberto da Silva, entrou em contato com o diretor do CDPCOL para relatar o erro. Segundo ele, o próprio José Pereira da Silva, ciente da situação, expressou espontaneamente o desejo de retornar à unidade prisional, por entender que ainda deve responder ao processo em andamento e confiar na Justiça para provar sua inocência.
Diante da situação, o diretor da unidade, acompanhado pelo chefe de segurança e pelo advogado, dirigiu-se à cidade de Baixo Guandu, a aproximadamente 60 km de Colatina, onde o preso estava. José Pereira da Silva foi reconduzido ao CDPCOL por volta das 23h50, de forma voluntária, sem resistência e sem necessidade de algemas, conforme o relatório oficial. Ainda segundo o documento, o interno, que atua como auxiliar no setor de almoxarifado da prisão, não apresentava lesões visíveis, mas, seguindo o protocolo da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), foi encaminhado para avaliação médica e emissão de laudo de lesões corporais.
Mais de Mundo Jurídico
A ocorrência é considerada pontual, uma vez que, segundo apuração do ES Fala, não há registros recentes de casos semelhantes no Espírito Santo, o que reforça seu caráter excepcional. Ainda assim, o episódio levanta preocupações, já que, mesmo com as diretrizes estabelecidas pela Sejus — como a Norma de Procedimento SEJUS nº 012, que prevê checagem dupla de dados, conferência por no mínimo dois servidores e registro documental e fotográfico da soltura —, falhas humanas continuam sendo uma vulnerabilidade do sistema. Neste caso específico, a semelhança entre os nomes dos detentos foi determinante para a liberação equivocada, apesar dos protocolos existentes.
Encontrou alguma informação incorreta em Casa Texto Comunicação? Ajude-nos a corrigir rapidamente! Clique no botão ao lado e nos envie uma mensagem.
Nos envie uma sugestão, comentário ou crítica.