Atenta às prerrogativas, OAB-ES exige qualidade durante a implantação do Justiça 4.0

OAB-ES: “As prerrogativas da advocacia são inegociáveis”.
Com Secom/OAB-ES
Foto divulgação OAB-ES
Na semana passada, representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB-ES se reuniram com o diretor do Foro de Vitória, Rodrigo Cardoso, para tratar das recentes mudanças no atendimento decorrentes da implantação do projeto Justiça 4.0 no Fórum Criminal de Vitória. A iniciativa, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e executada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), unificou as varas em uma única secretaria, com o objetivo de modernizar e informatizar os atendimentos, tanto presenciais quanto virtuais.
A reunião foi motivada por diversas queixas da advocacia quanto à qualidade do atendimento após a unificação. Durante o encontro, Rodrigo Cardoso reconheceu os desafios enfrentados e reafirmou compromissos com a melhoria no serviço prestado aos advogados. “As prerrogativas da advocacia são inegociáveis. A unificação das varas não pode, em hipótese alguma, comprometer o acesso dos advogados aos servidores e ao pleno exercício da profissão. Estivemos na reunião justamente para garantir que o atendimento seja eficiente, humanizado e respeitoso”, afirmou o presidente da Comissão da Ordem, Glauco Reis.
Na ocasião, para ratificar o seu compromisso com a advocacia, o magistrado convocou todos os chefes das secretarias envolvidas, reforçando a orientação de que o atendimento à advocacia deve ser feito com excelência. Atualmente, o Fórum conta com três secretarias distintas: uma para varas residuais, uma exclusiva para execução penal e outra voltada para casos de violência doméstica. Dentre os sete guichês disponíveis, dois serão destinados exclusivamente ao atendimento dos advogados.
Atendimento Adequado
De acordo com o vice-presidente da Comissão, João Lucas Nascimento, também foi acordado que, caso o primeiro atendimento não seja feito diretamente por um servidor e o advogado solicite, o servidor deverá ser imediatamente chamado para prestar o atendimento de forma adequada. “A medida visa restabelecer a qualidade do serviço e garantir o pleno exercício da advocacia no ambiente forense”, frisou.
O secretário-geral da Comissão, Marcos Daniel Vasconcelos, informou que a partir de visita feita ao Fórum Criminal de Vitória, para acompanhar de perto o processo de reestruturação em andamento, foi possível obter detalhes importantes sobre o funcionamento do novo modelo de atendimento. “O balcão virtual está sendo desenvolvido com base em inteligência artificial, com capacidade para realizar atendimentos por vídeo e voz, identificar a solicitação feita pelo advogado e fornecer informações sobre o andamento processual. A ferramenta também contará com opção de chat. Enquanto o sistema virtual não entra em operação, o atendimento à advocacia será feito por meio do WhatsApp.”
A expectativa, segundo Marcos Daniel, é de que a nova estrutura proporcione maior celeridade aos atos cartorários, resultando em uma Justiça mais eficiente para os jurisdicionados.
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